DEMOCRACIA, DIREITOS HUMANOS E RELAÇÕES INTERNACIONAIS”


TEMA:

“NORBERTO BOBBIO:DEMOCRACIA, DIREITOS HUMANOS E RELAÇÕES INTERNACIONAIS”

9 a 12 de novembro de 2009

UFPB – João Pessoa – Paraíba - Brasil


Desde 2002, a UFPB vem realizando periodicamente seminários internacionais de direitos humanos, em parceria com o Departimento de Teoria e História do Direito da Universidade de Florença.

O I seminário aconteceu em janeiro de 2002, tendo como tema: “As transformações do direito numa sociedade global de risco”. O II seminário foi realizado em setembro de 2003, tendo como tema: “Unilateralismo hegemônico e ordem jurídica internacional”. O III seminário aconteceu em setembro de 2006, abordando o tema: “Direitos Humanos e multiculturalismo: perspectivas para a humanidade”. O IV seminário aconteceu em setembro de 2007, e foi realizado em concomitância com o encontro anual da ANDHEP (Associação de Direitos Humanos: Ensino e Pesquisa) e com o Seminário final do programa ALFA Human Rights facing security patrocinado pela União Européia e coordenado pelo Departamento de Teoria e História do Direito da Universidade de Florença. O tema foi: “Democracia e Educação em direitos humanos numa época de insegurança”.

A maioria das palestras e comunicações apresentadas nesses eventos foram publicadas em livros coletâneas e em CD-ROM.

Após uma pausa de um ano, estamos retomando o evento que reúne estudiosos do Brasil, da América Latina e da Europa e que se tornou uma referência para o mundo acadêmico e os militantes em direitos humanos do Nordeste e de todo o Brasil. Queremos sublinhar sobretudo a participação ativa dos estudantes e dos jovens pesquisadores.

Este ano, o seminário quer comemorar o centenário de nascimento de Norberto Bobbio (1909-2004), e refletir, a partir de sua obra, sobre alguns dos principais temas da filosofia e da teoria política e do direito no mundo contemporâneo. Reflexão que não quer limitar-se a uma exegese do pensamento do filósofo italiano, mas pretende utilizar suas idéias como um ponto de referência para interpretar e pensar o mundo atual e especialmente a América Latina.

A figura intelectual de Norberto Bobbio continua crescendo nos últimos anos na Itália e em diversas regiões do mundo, entre as quais se destaca a América Latina, como pode ser visto pelo sucesso editorial de suas obras. Hoje, Bobbio é o autor acadêmico italiano mais traduzido e comentado na América Latina.

É lido por estudantes universitários que encontram nos seus livros, muitos dos quais frutos de cursos universitários, aquela clareza, profundidade, sistematicidade e elegância de estilo que não encontram nos ambientes universitários dominados pela hegemonia de um jargão acadêmico propositadamente obscuro, hermético, inacessível e autoreferiancial.

Suas obras são amplamente utilizadas pelos professores universitários como bibliografia obrigatória nos seus cursos. O pensamento de Bobbio é objeto de inúmeras monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado e é citado como interlocutor indispensável em vários ensaios e papers em eventos acadêmicos e na Internet por todos aqueles que se ocupam de filosofia política, ciência política e filosofia do direito.

Mas Bobbio é também um ponto de referência para os militantes dos direitos humanos dentro e fora dos campi universitários: o seu livro mais famoso, A era dos direitos, foi reeditado dezenas de vezes e tornou-se um verdadeiro vade-mecum por todos aqueles que querem se aproximar do estudo dos direitos humanos. Não se trata de uma influência episódica e esporádica, mas de uma influência capilar que permite se falar de uma presença de Bobbio na “cultura ibero-americana”, título de um volume publicado em 2006 por Alberto Filippi e Celso Lafer. Como pode ser visto pela extensa bibliografia bobbiana e sobre Bobbio que se encontra no livro, o filosofo italiano é reconhecido como um “mestre” da filosofia política e do direito, e uma presença profunda e duradoura na cultura ibero-americana.

A recepção do pensamento de Bobbio acontece em ambientes de diferentes matrizes ideológicas. Não é por acaso que entre os responsáveis pela introdução de Bobbio no Brasil encontramos liberais como Miguel Reale e Celso Lafer. Mas é igualmente significativo que tradutores das obras de Bobbio sejam também intelectuais marxistas como Carlos Nelson Coutinho e Marco Aurélio Nogueira, já tradutores e introdutores do pensamento de Gramsci no Brasil. O que indica que Bobbio continua a ser um interlocutor privilegiado do marxismo latino-americano, assim como foi do marxismo europeu. Isto reflete um aspeto crucial do seu pensamento: “estar no meio” entre duas tradições de pensamento antagônicas, liberalismo e socialismo.

Por esses motivos, consideramos que o pensamento de Bobbio continua a ter atualidade e que uma reflexão sobre ele, que não pode deixar de ser também crítica, seja relevante e estimulante como chave de leitura e interpretação dos acontecimentos contemporâneos.

Cresce a procura por cursos de Filosofia e Sociologia

A afirmação é do coordenador do Curso de Ciências Sociais da UFPB

A obrigatoriedade do ensino de Sociologia e de Filosofia no 2° grau tem aumentado significativamente a importância e a procura por esses cursos nas universidades nacionais.

A revelação foi feita pelo coordenador do curso de Ciências Sociais da UFPB, professor Antonio Geovanni Gonçalves, doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, praticamente um ano após a sanção presidencial da lei que instituiu a obrigatoriedade do ensino de sociologia e filosofia nas escolas de 2º grau, dia 2 de junho de 2008.

A Agência de Notícias da UFPB quis saber mais sobre o assunto, o que resultou na entrevista com o professor Antonio Geovanni, reproduzida na íntegra, a seguir:

Agência: Lei sancionada dia 2 de junho de 2008 tornou obrigatório o ensino de filosofia e sociologia nas escolas de ensino médio de todo o país. Em que medida isso melhora o ensino no Brasil?

Professor - A Lei Federal nº 11.684 de 2 de junho de 2008, ao fazer isso, reconhece a importância dessas disciplinas na formação dos alunos. A importância da sociologia (também da filosofia) está em vários aspectos, conforme se pode ver em qualquer manual básico de sociologia: ajuda o aluno/pessoa/cidadão a pensar criticamente a realidade social na qual está inserido, compreendendo seus mecanismos e partes constituintes, o que lhe oferece possibilidades de conhecer-se enquanto ser que participa de uma sociedade, juntamente com outros, percebendo as configurações estruturais de poder, prestígio, riqueza às quais está submetido ou a que submete. Diria, entretanto, que estas metas são algo para se alcançar num tempo mais longo de convivência com o fazer sociológico.

Agência: Qual a importância para os jovens estudantes do 2° grau o ensino de filosofia e sociologia?

Professor - No ensino médio vejo que a sociologia tem a função de iniciar o aluno nesse processo, inclusive criando bases para que, ao chegar no ensino superior, a sociologia não apareça mais como algo estranho, erudito demais e sem interesse. Aposta-se que com a inclusão (na verdade, "re-inclusão") obrigatória nas três séries do ensino médio, os alunos se tornem mais críticos, mais atentos para os problemas do nosso tempo, com poder de apreender, relacionar e sintetizar fatos e eventos. Obviamente que se espera também que a crítica se converta em ação consciente e responsável. Como já destaquei acima, essa inclusão deve favorecer o ensino da própria sociologia ou matérias correlatas na universidade. Destaco, ainda, que filosofia e sociologia são importantes não só como disciplinas do conhecimento, mas também para a vida.

Agência: Com a implantação da lei houve aumento de demanda pela procura dos cursos de filosofia e sociologia no ensino de terceiro grau? Há estatísticas sobre isso na UFPB?

Professor - Sim, a própria universidade já se mobilizou para isso. O Curso de Ciências Sociais há 15 anos oferecia apenas o bacharelado; animado pela discussão da obrigatoriedade da sociologia, criou em 2009 a licenciatura, à noite. A procura está sendo grande, especialmente por parte dos alunos que já são bacharéis em ciências sociais e que vêem na licenciatura uma possibilidade a mais de emprego. As estatísticas: além das 50 vagas oferecidas no vestibular, oferecemos 50 vagas para os alunos já graduados. Inscreveram-se 63 e foram aprovados 37. Agora, no segundo semestre, serão oferecidas mais 13 vagas. Creio que a tendência é aumentar a procura.

Agência: Existem projetos de novos investimentos nesses dois cursos da UFPB em face da implantação da lei de obrigatoriedade de ensino de filosofia e sociologia no 2° grau?
Professor - Sobre projetos de investimento no Curso de Ciências Sociais até agora não existe nada específico. E nós temos bastante necessidade disso. Faltam laboratórios, equipamentos, espaço, micro-ônibus para aulas de campo, etc. Falta uma proposta de articulação entre a Universidade e as escolas de ensino médio.




A afirmação é do coordenador do Curso de Ciências Sociais da UFPB


2009-05-22 - 11:49:10
Fonte: Agência de Notícias - Fernando Caldeira

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE METAFÍSICA E FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA




Data: 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2009 Local: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (BELO HORIZONTE)
Descripción de la actividad:

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE METAFÍSICA E FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA

Data: 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2009

Local: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (BELO HORIZONTE)

Tema: O FIM DO FIM DA METAFÍSICA



O evento tem como objetivo resgatar temas centrais da metafísica e reexaminar as críticas contemporâneas ao “saber metafísico”. Segundo J.-L. Marion, em seu artigo La fin de la fin de la Métaphysique, “a destruição da história da ontologia não tem como resultado destruir a questão do ser, mas, exatamente o contrário, torná-la possível”. Assim, a temática geral – “O fim do fim da metafísica” – garante certo nível de perplexidade que possibilita reativar as discussões concernentes ao núcleo originário do pensamento ocidental. Deste modo, “o fim do fim” não pretende caracterizar um desejo de “retorno” à necessidade de fundamento, mas simplesmente averiguar o que ainda resta do procedimento metafísico e até que ponto a filosofia contemporânea é ainda devedora de tal procedimento.

Inevitavelmente, será preciso reavaliar temas que, mesmo com a “desconstrução da metafísica”, não se ausentaram da filosofia, tais como: ontologia, cosmologia, antropologia, teologia. Por sua vez, fenomenologia, ontologia hermenêutica, filosofia da linguagem, filosofia da mente, pragmatismo, existencialismo, epistemologia emergem como perspectivas de pensamento que viabilizam novos horizontes filosóficos, mas que, constantemente, tangenciam o modo metafísico de pensar. Colocar tais temas em confronto, além de estabelecer o sentido da crise da metafísica, significará aprofundar o reflexo de tal crise na própria filosofia contemporânea.



Principais conferencistas convidados:

Paul Gilbert (Gregoriana/Itália); Navarro Cordon (Complutense/Espanha); Manfredo de Oliveira (UFC/Brasil); Carmen Segura Peraita (Complutense/Espanha).



Haverá nove Mesas-redondas com professores/pesquisadores de várias Universidades do País



Envio de comunicações: Até 26 de junho de 2009 (Para envio de comunicações conferir o Site do Evento: www.pucminas.br/simposio_metafisica

Contato: simposiomfc@pucminas.br TEL.: (31) 3319-4572 e (31) 3319-4127

Instituições envolvidas: PUC Minas, Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade Católica de Uberlândia.
Programação e demais notícias no Site do Evento www.pucminas.br/simposio_metafisica